sábado, março 10, 2007

Pecado da Carne

De repente, senti seu perfume do outro lado da rua, e sua imagem povoou minha mente.
Aquele delicioso aroma invadiu todo meu ser. Parei.
O dia estava quente, afrouxei o nó da gravata, e quis continuar a caminhar, mas não pude.
Minha cabeça girava, meu corpo tremia, minha boca cheia de agua, parecia sentir aquele gosto que só ela tem.
Atravessei a rua em meio ao trânsito feito louco, a sua procura.
Não foi difícil encontrar, pois aquele aroma parecia guiar meus passos.
Me deparei com uma porta de vidro, por onde podia ver todo o meu desejo, toda a minha fraqueza e prazer à minha espera.
Lá estava ela; nua e crua, um verdadeiro manjar dos Deuses, fresca macia e inigualável.
Tirei a gravata, abri os primeiro botões da minha camisa, e sem dizer uma só palavra, vi se abrir diante dos meus olhos, aquele Pomo de carne Rosada, com suas bordas ligeiramente escurecidas, e escorrer do seu interior, o suco quente e gostoso. Não resisti; cai de boca.
Quando dei por mim, já tinha comido quase uma Picanha inteira mal passada no espeto, na Churrascaria do Sul.

Sem Sal, é claro...





3 Comments:

At 10:01 PM, Blogger Páginas Soltas said...

hahahaha...mas que narrativa tão
bem descrita...que me fez pensar outra coisa...

Também gosto de picanha...

Continuação de inspiração para mais post como estes!

Beijos da

Maria

 
At 9:07 AM, Blogger Menina Marota said...

ahahahah
grande humor!!

Está fantástico. Adoro picanha, apesar de que, se calhar, aqui em Portugal não ser tão deliciosa como nesses lados!

Um abraço carinhoso e espero que esteja tudo bem contigo ;)

 
At 9:38 AM, Blogger Saramar said...

Descobri seu blog, por acaso, no google e gosteis demais.
As imagens são lindas e os poemas belíssimos.
Voltarei.

 

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