segunda-feira, abril 16, 2007

Sorria


Manter o sorriso é mais do que ser natural, é ser praticante do sorriso.
O que os inimigos diários mais querem, no fundo do seu objectivo, é tirar o sorriso dos nossos rostos.
Portanto, devemos ficar atentos para que eles não roubem a nossa expressão de vitória.
Inimigos do sorriso são todos aqueles que espalham o mau humor.
Todos; tem seu inimigo do sorriso, mas a maior vitória sobre ele é sorrir sempre, principalmente para a vida, para que ela possa nos sorrir também.

Se foi...




Tu és nuvem, és mar, esquecimento
És também o que perdestes em um momento
Somos todos os que partiram
O reflexo de nosso rosto no espelho muda a cada instante
E cada dia tem o seu próprio labirinto
A nuvem que se desfaz no poente é nossa imagem
Incessantemente, uma rosa se converte em outra rosa...
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quarta-feira, abril 11, 2007

Aurora Boreal



Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.

Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.


António Gedeão

segunda-feira, abril 09, 2007

Luzes da Ribalta






Vidas que se acabam a sorrir

Luzes que se apagam, nada mais

É sonhar em vão tentar aos outros iludir

Se o que se foi pra nós

Não voltará jamais

Para que chorar o que passou

Lamentar perdidas ilusões

Se o ideal que sempre nos acalentou

Renascerá em outros corações ...